Agora virou moda as empresas investirem cada vez mais em ambientes
coloridos e descontraídos, fazendo referência ao sucesso de escritórios como
Google, Microsoft e Facebook considerados como ótimos lugares para se trabalhar.
Observando esta tendência, achei muito interessante a reportagem “O
preço da descontração” da Revista Você S/A de Maio/2013 - Edição 180 p. 52 a 55,
que traz uma análise sobre este tipo de local alegre e colorido versus a real percepção e até mesmo
frustração de seus colaboradores.
A verdade é que existem dois pontos importantes quanto à proposta de
transformar um local normalmente sério de trabalho em algo diferente, com
diversas opções de descontração e diversão.
O primeiro deles é se você profissional se adapta a este tipo de ambiente.
Muitas pessoas não conseguem produzir em um local descontraído ou ainda não se
permitem a diversão no horário de trabalho, o que acaba gerando conflitos
internos dos quais este profissional é quase que incapacitado de “abraçar” e “aproveitar”
todos os benefícios oferecidos e ainda não se integra com os demais que
conseguem aderir a esta cultura.
Já o segundo ponto acredito ser o mais importante e vem da própria
empresa que despende de um valor significativo para investir neste tipo de
ambiente, mas infelizmente ela não possui a cultura e valores condizentes, não
permitindo assim que seus funcionários desfrutem do mesmo.
Neste caso além do dinheiro gasto desnecessariamente cria-se um grande
problema para seus colaboradores, principalmente para os novos, que às vezes
abrem mão de outras oportunidades para escolher um ambiente em que eles
acreditam ser compatíveis com suas expectativas. O problema é que o tempo
revela que àquela primeira impressão era apenas ilusão, gerando frustração e decepção
que em poucos meses levam este mesmo profissional na busca de outros ares ou à desmotivação
total.
O resultado em ambos os casos é a falta de aderência, redução de
produtividade e frustração.
Uma empresa precisa ter um ambiente que represente sua essência,
verdade, cultura e valores, e não necessariamente algo que parece ser o melhor
e mais bonito aos olhos do mundo. Lembre-se que o melhor profissional para sua
empresa não é aquele que se encantará pela beleza de suas paredes, mas sim pela
sua marca, produtos, cultura e terá muito orgulho de fazer parte do seu time.
Aos profissionais fica a sugestão para antes de aceitarem propostas
apenas pelo colorido e mesas de sinuca, que busquem mais informações e reflitam
se a SUA cultura e os SEUS valores condizem com os da proponente e se essa “parceria”
lhe trará real felicidade.
Para refletir: Nem sempre a grama do vizinho é a mais verde... Na
maioria das vezes é só aparência!
Abraços e
Sucesso!
Lydiane
Cunha
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